segunda-feira, julho 09, 2007

É Guerra

Não é de hoje que me "elogiam" como guerreira. Eu, que prefiro muito mais sombra e água fresca, alguém que me abane e me dê um dengo... Guerreira. Ai de mim.

Entre os meus, estou mais para bahiano velho e cansado, só que entre eles, esse perfil é o dos mais audazes!...Então imagine do que estou a falar! Praticamente zumbis. Sem brio, sem índole, sem caráter... Não são más, são passadas... Como fruta, moles, acres, e de lamentar o que poderiam ter sido no auge da força. Hoje imprestáveis, sem gosto, sem vida, quase podres.

E uma fruta podre, apodrece todo um cesto.

Minha guerra... está mais para permanecer fora do cesto. Está mais para continuar limpa, preferir tomar banho de gato, mesmo que a lingua seque, a me esbaldar nesses rios imundos, de frutas podres, que infestam o ar.

O Rei está nu


Carpinejar, sempre absolutamente lúcido, vem lembrar que os homens de uns tempos para cá, deram de mentir. Mentir a idade, a situação financeira, a existência de filhos, o ano do carro, a idade da esposa, as rugas, os calos, os amores e tudo o mais.

Houve um tempo em que o sujeito se afirmava nele mesmo e pronto. Gostem ou não, ele era aquilo. Poderia evoluir, o que é plenamente natural, de acordo com suas convicções e seu entendimento, mas não mentiria a evolução... Tinha vergonha. Hoje isso é produto raro entre os homens. Vergonha.

Não se tem vergonha de ser pego numa grosseira e estapafúrdia parvoíce. É de dar dó. E há os mais desajuizados que ainda se rebelam contra quem os desmascara mesmo sem querer. Nem seria desmascarar, estaria mais para ver o óbvio - o rei está nu.
Não se faz necessário ter mais de 5 anos de idade para notar que o rei está nu, só ele não se enxerga!

E o rei, em sua acepção, teria naturalmente a beleza da realeza, se não quisesse ser o que não é...

Nem reis passam incólumes pelo crivo da Verdade.