Sem razão, te pertenço
É o corpo que pede o seu continuamente
Os olhos devem vê-lo para não secarem
Cegos de saudade
A língua caça uma outra dentro da boca,
em vão!
Seios eriçados
Respiração travada
Sexo úmido, quente, lateja
Pés retesados
fissura...
Já a razão te repele
Ordena dicotomias
para causar colapso
Obriga desejar -
céu e terra
mar e ar
liberdade e cárcere
E passo a não pertencer a ninguém -
só à loucura, à imprudência e ao caos
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