terça-feira, junho 29, 2004

Não te pertenço

Sem razão, te pertenço
É o corpo que pede o seu continuamente
Os olhos devem vê-lo para não secarem
Cegos de saudade

A língua caça uma outra dentro da boca,
em vão!
Seios eriçados
Respiração travada
Sexo úmido, quente, lateja
Pés retesados
fissura...

Já a razão te repele
Ordena dicotomias

para causar colapso

Obriga desejar -
céu e terra
mar e ar
liberdade e cárcere

E passo a não pertencer a ninguém -
só à loucura, à imprudência e ao caos

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