Se antes fosse possível entrever aquele nó
a espinha de peixe que me empurra pela garganta
enquanto me dirige esse seu olhar marejado
Ah, se eu pudesse antever!
Ah, se eu fosse menos crédula
e se eu fosse mais bélica
se...
Não, não sou nada disso!
Não saberia ser nada disso!
Não me apetece aprendê-lo jamais
Sou só a que engole
a espinha sem derramar lágrima
Sou só a que crê
na palavra - essa imaterialidade valiosa
Sou só a que depõe as armas
o verbo, o gesto, o olhar
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário