terça-feira, dezembro 04, 2007

Basicamente humano


Ainda estou deglutindo tudo o que vi passar.


Assisti neste final de semana, a riquezas - belezas - altitudes - profundidades - larguras - extensões, todo o cintilar da vida humana pulsante, enérgica e confusa ... muito confusa.


Sei que eles se resolverão da melhor forma, porque qualquer resolução é melhor que indefinições, e vi que estavam "resolvidos a resolver".


E de obviedades se faz o mundo... Frases feitas, replicantes no fundo da alma de qualquer mortal. O "Tao" contém a originalidade do ator e sobretudo o olhar do espectador. São minhas experiências, minhas vivências que vão embasar meu olhar.


Da platéia narrei para os atores, o enredo de outra peça que já havia visto sobre os mesmos temas. Tive ganas de dar uma de diretor, quebrar a claquete... mandar parar tudo, pedir concentração e menos luzes no palco.


Mas fechei os olhos e vi ... não era ensaio. Simplismente eram os atores nus em pêlo, em cena dramática, tentando fazer parecer fácil tudo aquilo.


Penso que não era.


3 comentários:

Anônimo disse...

Com certeza não foi fácil. Nem para a platéia, nem para os atores. A dor desses últimos deve se perdurar durante algum tempo, tentando encontrar refúgio onde não existe e tentando encontrar anseios e afetos em lugares que beiram o comum, quando na verdade deveriam estar atuando.

E quanto à platéia, desconcertada com tamanha atuação, os atores debulham-se à ela com a certeza de que o espetáculo de forma alguma foi feito para ela, mas a gratidão e a cumplicidade (até do silêncio desta), fez o show valer o ingresso.

Com certeza, não foi fácil.
E com certeza continuará não sendo.
Até quando?

Boa pergunta...

Anônimo disse...

Com certeza não foi fácil. Nem para a platéia, nem para os atores. A dor desses últimos deve se perdurar durante algum tempo, tentando encontrar refúgio onde não existe e tentando encontrar anseios e afetos em lugares que beiram o comum, quando na verdade deveriam estar atuando.

E quanto à platéia, desconcertada com tamanha atuação, os atores debulham-se à ela com a certeza de que o espetáculo de forma alguma foi feito para ela, mas a gratidão e a cumplicidade (até do silêncio desta), fez o show valer o ingresso.

Com certeza, não foi fácil.
E com certeza continuará não sendo.
Até quando?

Boa pergunta...

Leila disse...

Sem querer ser horrorosamente profética, sentenciando frases de impacto, devo dizer com todo afeto da mais sincera amizade:

- O melhor refúgio está dentro de você mesmo. Um universo inteiro abrigado nessa mente fantástica, não te basta como refúgio?

Não quer dizer que seja o certo; é apenas um outro caminho....

Grande abraço, com todo afeto